Por Ana Maria R.S.Varella – 06/10/23
Colaboração da notícia e fotos: Michael Lindemberg Barros Soares
O Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro destaca e valoriza histórias de vida. Nesta notícia há um resumo da trajetória profissional de José Barbosa de Oliveira, que demonstrou a importância do seu esforço pessoal ligado aos seus estudos. Ele é delegatário do Estado de Goiás.
Em 1992, fez um concurso para a Comarca de Itapuranga em Goiás. Na época não era necessário formação em Direito para concorrer à vaga. Sua experiência anterior de quatro anos no cartório, ajudou-o a ser aprovado no concurso.
José explicou, em sua entrevista, como é a preparação dos interessados para o exercício da função delegatária. Segundo ele, é uma construção do conhecimento específico do direito notarial e registral, não há como exercer a função sem conhecimento básico da atividade.
Para ele, é imprescindível o aperfeiçoamento diário, pois o exercício do profissional como agente do direito, por si só já exige conhecimento. Estudar nas graduações e pós-graduações são outros caminhos fundamentais.
Quando lhe perguntaram como ele vê o futuro do delegatário, ele respondeu “que a existência dinâmica do delegatário no passado, suas fragilidades e morosidade do direito criou gerações endurecidas, com rigidez pelo longo tempo de duração de nossas normas”. Ele vivenciou “a transformação legislativa legal e constitucional, paralisadas pelo tradicionalismo, em contraposição aos avanços tecnológicos, houve uma revolução no meio registral e notarial”.
“Sou da geração da era do livro, leitura, escrita manuscrita, onde com uma caneta, um livro, folhas em branco e uma máquina de escrever, redigia e produzia os atos de escrituras e registros. Era uma relação de delegatário com longas conversas, os negócios iniciavam e terminavam muitas vezes na presença do Titular ou escrevente, consolidado pela rigidez e princípios do agente do direito. O ser delegatário do passado, com referências legais tinham suas partes firmadas na confiança.
Para o entrevistado “o futuro do delegatário se manterá por outro viés, uma relação cada vez mais distanciada do “olho no olho”, onde a fé pública se manterá pela eficácia legal, e não mais relacional.
A geração do futuro delegatário está intimamente ligada à tecnologia, informações instantâneas são encontradas nas redes. “O delegatário do futuro desconhecerá os manuscritos e livros, pela própria agilidade dos negócios. Para ser o delegatário do futuro temos que mergulhar nos avanços tecnológicos”.