Neste artigo, Thomas Griffin compartilha sua jornada de ser pai e como isso se conecta profundamente com a nossa compreensão de Deus como Pai. Ele fala das alegrias, desafios e lições aprendidas ao longo do caminho, destacando a importância da presença, dedicação e sacrifício paterno. Convido você a refletir sobre essas experiências e descobrir como ser um excelente pai é, em essência, ser como Cristo.
Thomas Griffin, National Catholic Register | Tradução: Equipe Instituto Newman
A Paternidade
Nosso terceiro filho está chegando em setembro [de 2024]. Meu filho Benedict completará 4 anos em outubro. Seu irmão Gabriel completará 2 anos no início do mesmo mês.
Ser pai, juntamente com ser marido da minha esposa, Joanna, tem sido a maior fonte de alegria da minha vida. Também abriu o acesso à identidade de Deus como Pai de uma forma que eu nunca havia experimentado antes. Ser um ótimo pai é simplesmente ser um bom pastor.
Ovelhas sem Pastor
Infelizmente, muitas pessoas são órfãs de pai no mundo de hoje. Elas cresceram como ovelhas sem pastor. Isso pode ser resultado do divórcio, do abandono do pai ou até mesmo de um pai que prioriza o trabalho em vez de ser pai. Muitas crianças crescem sem ter um vínculo estreito com o pai. Porém, independentemente de nossa experiência, o dia dos pais é uma oportunidade para refletir sobre a paternidade e sobre o próprio Deus. Ora, conhecê-lo nos faz lembrar que nunca somos órfãos de pai.
A Dedicação
Como um bom pastor, bons pais são dedicados a seus filhos. Quando eu era criança, meu pai estava sempre presente para mim e meus irmãos, ele participava de jogos, eventos na escola, passeios ao parque e estava conosco por horas intermináveis brincando na piscina. Como a maioria das crianças, odiávamos quando papai não estava por perto ou quando ele tinha que parar de brincar conosco. Não queríamos que o tempo juntos acabasse.
Hoje, vejo esse sentimento sob a perspectiva de um pai. Se eu pudesse empurrar Ben ou Gabe nos balanços por 100 horas, eles me deixariam. Não sou especialmente talentoso para empurrar um balanço ou alinhar caminhões; eles só querem estar com o pai.
A Imagem de Deus como Pastor
Essa verdade retrata uma visão profunda de quem é o nosso Deus. Fomos feitos para estar com Deus, e o Pai nunca se cansa de passar tempo conosco.
O uso que Cristo faz da imagem do pastor mostra isso perfeitamente: Onde quer que uma ovelha esteja, o que quer que esteja fazendo, quando olha para cima, ela vê o seu pastor. Elas contam com o pastor. É em seu pastor que elas se sentem seguras e protegidas. É o pastor que garante que elas tenham tudo o que precisam.
Todas as pessoas do planeta desejam sentir algo semelhante quando olham para seu pai. Toda pessoa que já viveu tem um pai. Portanto, se você é pai, passe mais tempo com seus filhos. Se seu pai ainda estiver por perto, dedique mais tempo a ele.
Chamados pelo Nome
Como um bom pastor, os bons pais também chamam seus filhos pelo nome. Um pai, como um bom pastor, sabe o nome de seus filhos. Ele “ele as chama pelo seu nome, e as tira para fora” (Jo 10, 3). Um pastor ficava no portão e chamava cada uma de suas ovelhas pelo nome. O ritmo de sua voz ao continuar chamando todas as suas ovelhas destaca como ele sabia a diferença entre uma ovelha e outra. Há algo em cada uma delas que é distinto.
Cristo chama cada um de nós pelo nome para segui-lo, sem reservas. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz”, disse Jesus (Jo 10, 27). No Dia dos Pais, somos convidados não apenas a ouvir a voz, mas a responder com amor às vozes de nossos pais e de nosso Pai.
Os pais chamam seus filhos pelo nome por vários motivos: para chamar a atenção deles, para guiá-los, para discipliná-los etc. Como jovem pai, aprendi aos poucos que, para chamar a atenção de meus filhos, muitas vezes preciso me levantar e me aproximar deles.
A Presença e o Sacrifício
Em cada momento de nossas vidas, o Pai está chamando nosso nome. Às vezes, precisamos apenas saber que ele está conosco. Em outros momentos, talvez precisemos de correção ou orientação.
Por fim, como um bom pastor, os pais estão dispostos a sacrificar tudo por suas famílias. Quando chega a hora do aperto, não há nada que um pai não faça por seus filhos. Sei que isso é verdade quando olho para meus filhos. Entretanto, isso é mais sentido e vivenciado nos primeiros dias de vida de uma criança. A mãe faz muito, e há um vínculo natural entre ela e o bebê. Cada pai dá a vida por seu filho, que é ainda mais indefeso do que uma ovelha desgarrada.
A Vigilância Paterna
No momento em que cada um de meus filhos nasceu, houve complicações para minha esposa. Isso significava que eu era mais solicitado a passar noites sem dormir enquanto ela descansava. O sacrifício é necessário nesses primeiros dias. Toda a sua vida passa a ser consumida pela segurança de seus filhos e pela demonstração de cuidado com eles. A vigilância necessária é como a de um pastor que sabe que um lobo está à espreita perto de suas ovelhas. Você está preparado para fazer qualquer coisa por eles: Isso é o que define a paternidade.
Em última análise, ser um ótimo pai é ser como Cristo.
O Autor
Thomas Griffin é autor e presidente do departamento de religião em uma escola católica de ensino médio em Long Island, onde mora com a esposa e os filhos.