As vezes nos atentamos tanto aos aspectos terrenos da educação que perdemos de vista o seu sentido último. É claro que todos nós temos um pouco de Marta, atarefados e preocupados com os afazeres diante de nós. No entanto, nosso artigo de hoje nos convida a refletir como Maria e fixar nossos olhos no único nessecário.
Peter Kwasniewski, OnePeterFive | Tradução: Equipe Instituto Newman
Para além de nós mesmos
Educação, do latim ex-ducere, significa “conduzir para fora” — então a pergunta lógica é, conduzir para fora de quê? Da ignorância, do erro e do pecado, em direção ao conhecimento, à verdade e à santidade. É um reflexo da jornada do povo de Israel, liderado da escravidão no Egito à liberdade em Canaã. A verdadeira educação pressupõe a revelação cristã da situação caída do homem e da sabedoria do alto que pode curá-lo e elevá-lo.
Sabemos que não há professor meramente humano livre por completo da ignorância, do erro e do pecado. Mas, como também sabemos, alguns pecados são qualitativamente piores que outros; alguns erros são mais vastos e perniciosos que outros; e alguns tipos de ignorância são muito mais terríveis que outros. Os professores não precisam ser perfeitos para nos guiar eficazmente em direção à sabedoria eterna e encarnada cujo alcance pleno está além de todos nós.
Desde que estejam ancorados na verdade que nos liberta, desde que apontem para beleza da santidade, desde que exemplifiquem uma fome e sede pela realidade, seus alunos serão verdadeiramente abençoados. Seus alunos terão um vislumbre do que significa estar plenamente vivo em Cristo.
Buscar a liberdade não a perfeição
O objetivo da educação católica não é formar seres perfeitos no modelo de seres já perfeitos, mas iniciar uma vida de aprendizado junto ao único e verdadeiro Mestre, Jesus Cristo, libertando a mente dos destroços de uma cultura em colapso e libertando o coração das amarras do desejo egocêntrico. Os alunos que recebem tal educação têm a oportunidade de encontrar uma liberdade espiritual mais preciosa que todas as riquezas deste mundo. E à medida que iniciarem suas jornadas no mundo após a formatura, logo se perceberá que são como o fermento que faz o pão crescer e como o sal que realça os alimentos.
Em um discurso para educadores em Madrid em agosto de 2011, o Papa Bento XVI fez essas observações perspicazes:
Às vezes pensa-se que a missão dum professor universitário seja hoje, exclusivamente, a de formar profissionais competentes e eficientes que satisfaçam as exigências laborais de cada período concreto. Diz-se também que a única coisa que se deve privilegiar, na presente conjuntura, é a capacitação meramente técnica. Sem dúvida, prospera na actualidade esta visão utilitarista da educação mesmo universitária, difundida especialmente a partir de âmbitos extra-universitários. Contudo vós que vivestes como eu a Universidade e que a viveis agora como docentes, sentis certamente o anseio de algo mais elevado que corresponda a todas as dimensões que constituem o homem. Como se sabe, quando a mera utilidade e o pragmatismo imediato se erigem como critério principal, os danos podem ser dramáticos: desde os abusos duma ciência que não reconhece limites para além de si mesma, até ao totalitarismo político que se reanima facilmente quando é eliminada toda a referência superior ao mero cálculo de poder. Ao invés, a genuína ideia de universidade é que nos preserva precisamente desta visão reducionista e distorcida do humano. [1]
Jacques Maritain afirmou que “os jovens têm mais expectativas: seus corações não invocam o mal na vida; pelo contrário, eles olham e aspiram além com a esperança inata de que a aventura da vida será promissora e cheia de sol, rica em significado, digna de ser vivida”.
Não fugir da verdade
Vivemos em uma era peculiarmente inclinada a fugir da verdade, veritas — seja a verdade sobre Deus e Jesus Cristo e a Igreja, a verdade sobre si mesmo, amizade, casamento e família, ou a verdade sobre a sociedade e a ordem política. O coração humano não deixa, e nem pode deixar de ansiar pela verdade, mas não há garantia de que seus desejos permanecerão íntegros, pois somente Deus e os abençoados são incorruptíveis.
“Nasci, vim ao mundo para dar testemunho da verdade; todo o que está pela verdade, ouve a minha voz” (Jo 18:37), disse nosso Mestre, o Senhor Jesus, fazendo-se nosso modelo. “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres” (Jo 8:31-32).
E o que vemos na vida de Jesus? Um testemunho à verdade, de fato a personificação da verdade divina, que encontra escárnio, rejeição, tortura e morte, que permite ser sepultado como uma semente no solo, e irrompe na glória de uma frutificação inesgotável, produzindo ao longo das eras uma colheita além de qualquer cálculo humano.
“A verdade é fogo, e falar a verdade significa iluminar e queimar.” Quando Jesus falava, suas palavras eram chamas; quando Ele agia, suas ações eram luz; quando olhava para o coração dos homens, seu olhar era uma espada que separava o sincero do falso, o amigo piedoso do falso piedoso.
Os frutos de nossos estudos
Ora, então qual seria o sinal de que nossos estudos estão nos proporcionando uma intimidade crescente com a verdade encarnada? Para responder a essa questão devemos nos perguntar se ouvimos as palavras de Cristo ecoando em nossos corações mesmo quando o livro está distante. Acaso somos capazes de perceber, mesmo sem saber quando ou de onde veio, a luz de Cristo subitamente lançada sobre nossos problemas ou sobre os problemas das pessoas que nos rodeiam? Porventura somos apanhados por seu olhar, só por um momento, e percebemos que as camadas mais complexas de nossos pensamentos são inesperadamente simplificadas e unificadas, ou um emaranhado denso de sentimentos de repente se desfaz em calma?
Por fim, será que nossos estudos nos levam, sem que saibamos exatamente como, mas somente que trata-se de obra da graça, para um entendimento mais profundo do mistério de Jesus — os mistérios de sua vida, morte, ressurreição, ascensão, enfim, todos os mistérios de sua humilhação e glória? À medida que tudo isso começa a acontecer em nós, também, por meio de nós, passará a acontecer em outros tocados por nossas palavras ou ações. O fogo, mesmo que somente em brasas ou faíscas, se espalha. O bom fogo da doutrina sólida, nutrido por uma vida devota, não ficará sem descendência. Se a fragmentação é o problema, o fogo é a resposta, pois é a função do fogo derreter o que está endurecido, purificar a escória e unificar o precioso.
Buscar a santidade
O primeiro e mais importante passo para trazer vida ao mundo é uma busca incessante pela santidade pessoal. O ativismo superficial sempre foi e sempre será uma grande tentação a ser vencida para seres humanos decaídos; de fato somos dados à falsa caridade. Se há um problema, a primeira sugestão é realizar uma conferência, entrevistar professores, criar um novo órgão governamental ou aumentar impostos. Ninguém sugere que deveríamos ir à nossa igreja local para rezar ou fazer penitência.
A ideia de que o caminho mais rápido para a sanidade pode ser a santidade ocorre a muito poucos (empresto aqui essa ilustre frase de Frank Sheed). E ainda assim, este é o segredo dos segredos: eu devo cultivar a única vinha que certamente é minha para cultivar, e ao fazer isso, começarei a fazer uma diferença duradoura no mundo — duradoura pois ocorre no nível profundo do espírito. Santa Catarina de Siena coloca isso bem:
“Qualquer alma, ao cultivar sua vinha, cultiva também a de seu próximo. Os dois estão tão intimamente unidos de tal forma que ninguém pode fazer o bem ou o mal a si mesmo sem fazer o bem ou o mal ao seu próximo ao mesmo tempo. Juntos, vocês formam uma única e universal vinha”[3].
Quando minha vinha começa a dar frutos, ela os produz em abundância e eles podem ser compartilhados com meus vizinhos famintos. Se não tenho nada em mim, nada posso dar — como o velho ditado nos recorda: ninguém pode dar o que não tem.
Sem Ti nada podemos
Dito isso, no entanto, também é necessário atentar-se para a sutil tentação de “se virar sozinho”, de criar um pequeno refúgio privado onde se possa satisfazer os desejos egoístas em vez de se submeter à escola da caridade, que é a vida comum. Assim como as pedras jogadas nas ondas são polidas também os homens são aperfeiçoados na vida em comum. Perseverar na vida com outras pessoas é a rota mais segura e certa para a perfeição, se porventura nos recusarmos a fazer os sacrifícios exigidos por uma vida comum, podemos ser levados ao egoísmo e à esterilidade.
Essas dinâmicas são vividamente demonstradas no casamento.[4] Apenas um tolo prometeria a jovens apaixonados que sua vida conjugal será um paraíso na terra. Na realidade, trata-se de um caminho difícil de sacrifício mútuo, e as alegrias não são suficientes para conduzir o dia a dia. É necessário o tipo de amor que São Paulo descreve em 1 Coríntios 13, um amor realista, enérgico, paciente, até mesmo obstinado, que é capaz dizer: “Não estou com vontade de fazer isso ou aquilo, ou sofrer isso ou aquilo, mas farei, pelo amor a Deus e ao meu cônjuge a quem prometi minha fidelidade”. São momentos como esses em que o sacramento — ou para os religiosos, o voto — testa a sinceridade do desejo de se tornar um santo. E é por meio de momentos como esses que Deus realmente nos santifica. Novamente, as circunstâncias de nossa vida, com suas graças companheiras são o gradual alisamento de uma pedra bruta pelas ondas e pelo clima.
Unus christianus nullus christianus
Mais uma vez, Bento XVI oferece observações perspicazes que parecem perfeitamente adequadas aos cristãos no mundo moderno:
Diria assim: nunca se pode ser cristão sozinho, ser cristão significa uma comunidade a caminho. Até um eremita faz parte de uma comunidade a caminho e é levado por ela. Por isso a preocupação da Igreja deve ser criar comunidades a caminho. A cultura social da Europa e da América já não oferece essa comunidade a caminho. Isso nos leva às interrogações anteriores sobre como a Igreja há de viver nesta sociedade cada vez mais descristianizada. Terá de formar novos modos de comunidades a caminho; as comunidades terão de se formar mais intensamente, apoiando-se mutuamente e vivendo a fé.
O simples ambiente da sociedade hoje já não é suficiente, já não há um ambiente geral cristão. Assim, os cristãos têm, com efeito, de se apoiar mutuamente. […] o relacionamento com as comunidades monásticas será um caminho para aí fazer a experiência do que é ser cristão. Noutras palavras, quando já não há um ambiente cristão na sociedade no seu todo, como também não houve nos primeiros quatro, cinco séculos, a Igreja tem de criar, por si, as células em que se possa fazer a experiência do apoio mútuo e da caminhada em comum, portanto do grande espaço vital da Igreja na dimensão concreta do dia-a-dia. [5]
Na Igreja peregrina na Terra, também, a vida em conjunto está em crise: uma crise generalizada de autoridade e obediência, de catequese deficiente e seduções sectárias, de liturgia horizontalizada e teologia pobre, de casas religiosas esgotadas e escassas vocações religiosas, de casamento e família fragmentados e sem suporte. Todos esses problemas têm um rosto social definido; eles não são problemas de leigos ou clérigos isolados, eles dizem respeito a todo o corpo dos fiéis, espalhados pelo mundo em igrejas locais.
No entanto, também aqui, o Senhor está tentando nos ensinar uma lição difícil sobre confiança, confiança incondicional em sua providência ao longo dos tempos e das estações. É crucial superar a oposição fácil do otimismo, que diz, “as coisas estão difíceis, com certeza, mas essencialmente sólidas e fortes”, e também do pessimismo, que diz, “a Igreja está sendo despedaçada diante de nossos olhos e não há nada que possamos fazer para impedir isso”, e chegar à perspectiva do Evangelho alcançada ao meditar os mistérios da vida de Jesus.
A noiva que espera
A Igreja sempre viveu e sempre viverá novamente a vida de seu Senhor, não somente uma vez e em uma pequena parte do mundo, como Ele viveu sua vida, mas muitas vezes, em tantos lugares quanto a semente do Evangelho é plantada. Para ela, algumas épocas serão predominantemente épocas de obscuridade e pobreza; outras, de traição, agonia e morte; ainda outras, de ressurreição, triunfo e glória. E essas experiências de avanço, declínio, renovação ou superação estarão sempre misturadas — em corações individuais, dentro de comunidades, famílias e dioceses. Novamente, as observações de Ratzinger são pertinentes:
Estamos possivelmente perante uma época diferente e nova da história da Igreja. Nela, o Cristianismo voltará a estar sob o signo do grão de mostarda, em pequenos grupos, aparentemente sem importância, mas que vivem intensamente contra o Mal e trazem o Bem para o mundo; que deixam Deus entrar.[6]
“Grupos pequenos, aparentemente insignificantes” — Ora, isso não nos parece familiar? É a história de Davi e Golias repetida em uma escala cósmica. Mais tarde, na mesma entrevista, o então Cardeal volta ao mesmo tema: o cristianismo, ele disse:
“volta sempre a estar sob o signo do grão mostarda, mas é precisamente a partir daí que volta sempre a rejuvenescer. Mas tenho certeza de que continuará a existir sob novas formas, também como força de vida na História, e a formar de novo locais de sobrevivência da humanidade”. [7]
Um pensamento tocante: lugares de sobrevivência da humanidade. E poderíamos acrescentar, lugares de renovação e redescoberta, de rejuvenescimento e ressurreição. Na visão realista de Ratzinger, o que encontramos no mundo de hoje não são sociedades cristãs, ecos fracos da cristandade, mas simplesmente sementes dispersas de fé e esperança, que sobrevivem em condições hostis, carregadas pelo vento do Espírito para todos os cantos do mundo, silenciosamente enraizando-se. “Em verdade, em verdade, vos digo, que se o grão de trigo, que cai na terra, não morrer, fica infecundo; mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12, 24-25).
Não estamos sozinhos, embora muitas vezes possamos nos sentir bastante sós, e até mesmo abandonados. Jesus aqui, como em tudo o mais, é nosso modelo, nosso pastor e nossa consolação. Ele foi o solitário grão de trigo que teve que morrer, para que sua imaculada noiva pudesse nascer de seu coração perfurado. Entramos em sua solidão assim como entramos em sua íntima comunhão de amor com o Pai no Espírito Santo. Seu amor, que se manifesta constantemente na Igreja e em sua vida, é a garantia de nossa vitória final.
No que acredita o mundo
E em que o mundo moderno tem mais dificuldade de acreditar? Eu não diria em Deus ou em Jesus Cristo ou na Igreja. O mundo pode até aceitá-los — a uma certa distância, com uma interpretação idiossincrática e uma generosa pitada de crítica. Penso que as pessoas são tentadas a duvidar da possibilidade, muito menos da realidade, de um verdadeiro amor interpessoal, altruísta, desapegado e leal. Elas não creem na realidade de uma verdadeira comunidade que acolhe cada membro pela pessoa que ele é, que alcança uma paz e alegria genuínas, ainda que frágeis, no próprio fato de estarem juntos.
As pessoas acabam se acostumando a ver os relacionamentos como transações comerciais, emaranhados instintivos ou rivalidades implícitas de poder, de modo que facilmente se cansam do “amor”. Os assuntos internacionais parecem nos ensinar que a solução testada e verdadeira para problemas graves é a violência em excesso. De todas essas maneiras e outras, a própria noção de “bem comum” se torna, para muitos, no mínimo antiquada, e no pior dos casos, sinistra. Isso acontece porque as pessoas têm uma experiência nula — ou quase nula — com o testemunho persuasivo a respeito de bens pelos quais vale a pena viver e morrer. E acima de tudo, elas não viram a beleza de uma vida — a beleza de muitas vidas — trabalhando e descansando em harmonia, dedicadas ao supremo e incondicional bem comum, que é a Santíssima Trindade. Esse é um testemunho que podemos dar sempre e em todo lugar no mundo, apenas sendo fiéis ao trabalho confiado a nós, amando e promovendo a paz, “amando os irmãos” que Deus nos deu, o cônjuge, os filhos, os parentes ou amigos que Deus colocou em nossas vidas, para serem acolhidos como Cristo.
Os mestres do passado
Nesse sentido, quando se trata da vida em comunidade, podemos aprender algo de todos os grandes fundadores religiosos. Podemos aprender, por exemplo, com São Bento, as lições de calorosa hospitalidade, edificação mútua e ainda mais, a perseverante oração comunitária, símbolo tremendo do amor apaixonado que une a Igreja ao seu divino Noivo. E podemos aprender com o exemplo de São Francisco de Assis uma das maneiras mais simples e úteis de construir a comunhão:
Recordamos como o gentil e caridoso Francisco costumava repreender qualquer frade que visse com um semblante sombrio, lembrando-lhe que olhares severos eram marcas dos discípulos do diabo, enquanto os trovadores de Deus, que foram chamados a tocar os corações dos homens para a alegria espiritual, deveriam ostentar rostos serenos e sorridentes.[8]
Um de nossos maiores santos é Tomás de Aquino, um dominicano do século XIII, que foi um intelectual imponente, mesmo entre os grandes intelectuais de sua época. Embora tenha escrito densas obras de teologia repletas de argumentos e distinções, no final de sua vida, a pedido do Papa, ele compôs poesia lírica e comovente para a Festa de Corpus Christi. Ele havia sido um poeta em seu coração muito antes que os versos viessem de sua mente. Maritain estava certo ao dizer da vasta obra do santo: “A realização que domina o fluxo das eras… transbordou completamente da plenitude da contemplação em um coração unido à eternidade”. Santo Tomás havia sido um poeta por causa da Cruz que amava, pois na Cruz está a beleza de um amor que derrama a si mesmo em ondas radiantes de misericórdia — o tipo de misericórdia que São Francisco imitava em seu abandono à pobreza, que lhe ensinou a cantar com alegria sobre cada criatura de Deus.
Onde Deus habita
Mesmo que, em comparação com os franciscanos, os dominicanos não sejam tão prováveis de serem chamados de “trovadores de Deus”, a lição subjacente é a mesma para todos nós que nos esforçamos para ser pobres em espírito e, talvez, sem dinheiro no bolso. Em nosso mundo, há uma abundância de miséria, uma agitação de privações, de olhares sombrios a atos demoníacos. Deus deseja tocar o mundo através de nós, através dos muitos dons que Ele nos concede. Sim, Deus já está em todas as coisas por sua presença, essência e poder, como ensina Santo Tomás, mas o que Ele deseja acima de tudo é estar presente nas almas de uma maneira mais especial e exaltada pelo dom da graça santificante, que permite a misteriosa habitação das Pessoas divinas.
Os católicos devem ser os pregadores dessa presença: Emanuel, “Deus conosco”. Quando Jesus andava na terra, o poder emanava dele para destruir as obras do diabo e atrair almas para a amizade divina. O mesmo Senhor habita entre nós até o fim dos tempos, em seu corpo místico, em seu corpo eucarístico, nas boas obras que seu Espírito inspira em nós. Sempre Ele está buscando os muitos, os dispersos, e esforçando-se para torná-los um, reunidos em seu nome, para a felicidade deles, para sua glória. Agarremo-nos a Ele, para que sua graça e verdade possam encontrar um lar em nós e um canal pronto para o mundo.
Referências
- Discurso do Papa Bento XVI na Basílica do Mosteiro de São Lourenço do Escorial Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011, disponível em: https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2011/august/documents/hf_ben-xvi_spe_20110819_docenti-el-escorial.html
- L. Schefer, citado em Carl Schorske, Fin-de-siècle Vienna: Politics and Culture – New York: Vintage, 1981. p. 217.
- The Dialogue, cap. 24, citado em Henri de Lubac, Catholicism: Christ and the Common Destiny of Man, tradução. Lancelot C. Sheppard e Elizabeth Englund, O.C.D. – San Francisco: Ignatius Press, 1988. p. 77. Esta é a antítese da atitude que encontramos colocada na boca dos pecadores pelo profeta Isaías: “Afasta-te, não te aproximes de mim, porque eu te tornaria sagrado” (Is 65, 5).
- Conferir “Marriage: Cross and Crown” disponível em: https://onepeterfive.wpengine.com/marriage-cross-and-crown/.
- Joseph Cardinal Ratzinger, O Sal da Terra: O Cristianismo e a Igreja Católica no Século XXI, tradução Inês Madeira de Andrade – Rio de Janeiro; Imago Ed., 2005. p. 209.
- O Sal da Terra, p. 15.
- O Sal da Terra, p. 16 e p. 122.
Liam Brophy, “Antithesis of Franciscanism,” Franciscan Studies 18.2 (1958).